quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Calma ou TNT?

Oi amores!

O post de hoje é mais uma curiosidade minha a respeito do que vocês pensam na hora de iniciar um relacionamento. O que é mais legal: uma paixão triglicerinada ou um sentimento construído aos poucos?

Eu particularmente tenho pavor a paixões explosivas. Acho que elas nunca dão em nada. Queima rápido demais e logo acaba a graça. Assim, prefiro uma relação cozida em fogo brando, construída pouco a pouco.

Claro que uma paixão avassaladora é legal. Essa coisa toda de bambear as pernas e disparar o coração, de dar choque só de encostar os dedos, é o sonho que toda novela da Globo e filme americano vende pra gente.

Mas por experiência própria, todas as vezes que vivi isso me ferrei. Absurdamente! Não vou dizer que isso é a regra, pois deve existir algum casal que está junto há muito tempo e que começou uma história assim, mas é a minha regra pessoal.

Por outro lado, o fogo brando parece mais legal. Vejo pela “Carol”, amiga minha que não vou falar o nome de verdade, e que comemorou três anos de namoro semana passada.

Ela e o “Mauro” não foi nada explosivo. Eram amigos, conversavam, e um dia aconteceu de ficarem. Gente, a Carol surtou. Passou semanas fugindo dele. Era engraçado o nível das desculpas esfarrapadas para não saírem juntos, para não atender o celular, para não cruzar com ele na rua, porque segundo ela “não tinha nada a ver, não rolou aquela química”.

O mais maluco de tudo é que o Mauro não estava em momento nenhum correndo atrás dela. Estava apenas sendo o amigo que sempre foi. Mas o surto dela foi tão grande que não percebeu que esse “interesse” do Mauro era tudo fruto da imaginação dela.

Até que eles se reencontraram num aniversário de um amigo em comum. E voltaram a se falar. Tudo como antes. E aí veio uma outra festa, uma boa bebedeira e um novo beijo entre eles. E aí a Carol surtou de novo. Mas ao contrário. Tinha finalmente achado a química que queria e foi ela que passou a correr atrás do Mauro.

E três anos atrás eles se acertaram. Conversaram muito e resolveram “tentar”. Isso mesmo, tentar fazer dar certo. E deu. Acertaram os ponteiros aos poucos, porque tinha muita coisa para acertar, afinal, como o Mauro mesmo sempre diz “ser um bom amigo não é certeza de que você vai ser um bom namorado.”

Eu gosto da história deles. Duas pessoas dispostas a fazer uma relação dar certo. Não que essa seja a fórmula do sucesso, mas me parece bem mais tranqüila. Até mesmo se não der certo, bem mais difícil das pessoas saírem magoadas porque uma relação construída aos poucos tem muito mais que paixão, tem amizade e respeito. E mesmo que a relação acabe, essas duas coisas permanecem.

Comemorando esses três anos com a Carol e o Mauro, penso que é isso que quero para mim: uma relação construída aos poucos, dia após dia.

E vocês? Preferem calma ou TNT?

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Entre o "enter" e o "delete"

Pessoas, eu sei que prometi uma série de posts mais polêmicos, mas não resisti a escrever este texto... Prometo depois dele voltar com algo mais sério e picante, ok?


Vamos lá: resolvi falar sobre namoro virtual e sites de relacionamento. Conheço vários. Me divirto demais vendo o modo que as pessoas encontram para fugir da solidão ou para vencer a timidez.






Da evolução do Bate Papo da Uol, passando por sites como Metade Ideal, Vox Namoros, Yahoo Encontros e até o Badoo, a arte de xavecar virtualmente não mudou nada.

As conversas são sempre as mesmas:

Oi, vc é de onde?

Sou de Pinda, e vc?

Eu tb. Qtos anos?

21. Vc?

17, mas adoro mulher + velha.

Hahahaha

Vc é solteira?

Sou. Vc tem namorada?

Naum, estava esperando vc.

Me desculpem, mas puta que pariu, né? Cadê a criatividade? As cantadas virtuais estão entrando na mesma onda da famosa “O cachorrinho tem telefone?” (abafa que eu sempre quis receber essa cantada só pra responder: tem sim, por quê? A tua mãe tá no cio? Hauhauhauha)

Ao mesmo tempo que eu já conversei com 47 caras que me falaram exatamente a MESMA coisa, tem uns que excedem na criatividade. Das fotos editadas com bordas de estrelinhas que contradizem a informação sobre orientação sexual que traz hetero no perfil a fotos com a exaltação do time de futebol preferido do sujeito.

Agora eu me pergunto: se as mulheres buscam caras que não as troquem pelo futebol, como um sujeito que edita o brasão do XV de Piracicaba na foto do perfil vai conquistar alguém?

Isso sem falar nos caras que esqueceram de crescer. O sujeito tem 38 anos. Eu tenho 29. E ele vem com o seguinte cumprimento: oi gatinha. Meu amigo, eu deixei de ser gatinha aos 25... Não sou feia, mas gatinha ninguém merece. Nem gata. Muito menos princesa. Até onde eu sei todas as princesas de conto de fadas tinham 16 anos, então se você me chama de princesa está só 13 anos atrasado.

Quer me elogiar? Me chama de linda, de flor, de coração, mas gata, gatinha e princesa me tiram do sério.

Voltando a falar das fotos, a escolha delas é fundamental para o tipo de pessoa que vai te procurar ou vai te responder quando você tomar a iniciativa. Eu faço a seguinte seleção:

Foto na frente do espelho e sem camisa – narcisista, gay enrustido ou funkeiro – FORA
Foto numa festa, agarrado a duas mulheres mais bonitas que eu – galinha e exibicionista – FORA
Foto de rosto, cara séria, como se tivesse scaneado a foto do RG – presidiário, ex-presidiário ou provável futuro presidiário – FORA
Foto com um copo de cerveja na mão, um cigarro na outra e aparência de bêbado – boêmio – FORA
Foto com óculos escuros, mesmo dentro de casa – vesgo – FORA

Fotos divertidas, sorrindo, em lugares simples como um churrasco na casa de alguém, uma reunião com os amigos, uma foto de uma viagem – pessoa descolada – merece uma lida no perfil

Já pensei várias vezes em escrever um guia, uma espécie de Manual do Namoro Virtual, com dicas para quem utiliza essa ferramenta para encontrar sua tampa da panela, mas para o livro ficar lega ia precisar de relatos de quem já encontrou alguém interessante e quem já se meteu em confusão por causa da internet. Se alguém quiser compartilhar comigo essas experiências, vou adorar...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Falta de pai não cria monstro


Oi amores, fiquei uns dias sem postar, meio sumida... Mas isso foi bom porque deu para levantar alguns assuntos polêmicos que valem ser tratados aqui no blog.

Um deles diz respeito a uma realidade que eu e mais milhares de mulheres vivemos: a vida de mãe solteira. Há alguns dias, uma amiga em crise no casamento me fez a seguinte pergunta: Amanda, é mesmo muito difícil ser mãe solteira? Não sei ao certo o que respondi pra ela na hora, porque confesso que a indagação me pegou de surpresa. Mas admito que fiquei pensando no assunto.

Coloquei na balança tudo o que uma mãe solteira faz: trabalha, estuda (em alguns casos), cuida do filho, dá banho, dá comida, leva para a escola, checa os deveres, leva ao médico, leva para passear... Aí fui colocar na balança o que uma mãe casada faz e... Epa! Ela faz as mesmas coisas.

Eu não acho legal essa história de colocar mães solteiras como se fossem heroínas. Algumas vezes ser uma mãe casada exige maior esforço, pois tem toda a questão do cuidado com o marido e na administração dos conflitos familiares. Dei uma pesquisada na internet e descobri que cerca de 2/3 das mães brasileiras entre 20 e 32 anos ao vivem com companheiros. Nos Estados Unidos e nos países do norte europeu, aproximadamente 45% das mães nessa faixa etária também se enquadram na categoria “mães solteiras”.

O curioso desses índices é que nenhum deles fala sobre a participação dos pais na criação dos filhos. Muitos já subentendem que se a mãe é solteira o pai é desconhecido ou sumiu no mundo. O que é muito injusto já que conheço casos de pais solteiros que participam ativamente da criação de seus filhos ainda que não se relacionem mais com as mães deles.

De toda forma, acho que o primeiro medo que passa na cabeça quando a relação termina  e você se vê sozinha para criar um filho é o que a falta da figura paterna pode causar no desenvolvimento afetivo da criança. Então, fica aqui o conselho que o meu psicólogo me deu assim que me separei: “falta de pai não cria monstro”. O que cria “monstros”, se querem saber a minha opinião, é a mágoa da mãe pelo pai e vice-versa, colocando a criança no meio de um fogo-cruzado; é manter uma relação desgastada e sem respeito apenas para criar o filho dentro de uma estrutura familiar supostamente adequada; ou ainda proteger demais o filho porque “coitadinho, ele não tem pai”.

E eu vejo que é nesse último pensamento que a maioria das mulheres comete um erro terrível: já que o pai biológico não assumiu a responsabilidade, vamos caçar um pai substituto. Sabe, eu estou solteira há quase 2 anos. Minha filha fará 3 aninhos em dezembro. Tive alguns relacionamentos casuais nesse período, mas nenhum dos homens com quem saí sequer chegou a conhecer minha filha. Não omiti a existência dela. Aliás, a primeira coisa que falo quando vou conhecer algum possível pretendente é que sou mãe. Apenas achei que ela não precisava passar pela experiência de conhecer alguém que nem eu sabia se ia dar certo e se ia participar da nossa vida.

A maior dificuldade que eu enfrento, como mãe solteira, é a questão da solidão. Admito que tem dias que esse “solteira” é pesado demais para carregar. Mas eu impus a mim mesma a resolução de que só vou me relacionar pra valer com alguém quando me sentir capaz de procurar um companheiro para mim e não um pai para minha filha. Isso ela já tem, presente ou ausente, o pai dela é aquele que está registrado na certidão de nascimento. E a pessoa que quiser estar ao meu lado deve ser apenas um bom amigo para ela, que vai me apoiar e respeitar a minha condição de mãe e o fato da minha filha ser prioridade. Depois, com a convivência, se surgir nele o sentimento de pai, aí é outra história...

Hoje, respondo com mais tranqüilidade à indagação da minha amiga: é mesmo muito difícil ser mãe solteira? Olha, flor, acho que a dificuldade não está em ser mãe solteira, está em ser apenas solteira. As dificuldades da maternidade continuam as mesmas independente do seu estado civil.


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Isso é mesmo diversão?



Meu fim de semana foi muito produtivo intelectualmente. Coloquei algumas leituras em dia, algumas fofocas também, mas o melhor de tudo foi ter tido tempo pra refletir sobre uma afirmação feita por uma amiga: “enquanto não encontro o cara certo, me divirto com o errado.”
 
É uma sentença muito engraçadinha, pra todo mundo dar risada na mesa do bar. No entanto, quando a coisa é pra valer, não acho que tenha qualquer coisa de divertida nisso. As pessoas que conheço que seguem essa linha de raciocínio geralmente reclamam demais dos “caras errados” com quem supostamente estão se divertindo.
 
A série de reclamações é sempre no mesmo estilo: ele não me compreende, ele não me dá suporte, ele nunca está comigo quando preciso. A “autora” da citação esta semana é uma das que vive reclamando do atual ficante. Sempre pensei que o rapaz em questão fosse muito bom em alguma coisa para ela aturar a situação, tanto que acabei perguntando se na cama ele compensava a chatice fora dela.
 
O que me deixou realmente espantada foi a resposta: “Ah, nem tanto. Ele é legal!”
 
Legal? Como assim “legal”? Legal é vibrador com pilha nova, menina! Pra você agüentar um cara errado ele tem que ser no mínimo exageradamente bom na cama (ou no sofá, na mesa do escritório, no banheiro...)
 
Por experiência própria, acho que o erro maior não está em se divertir com o cara errado e sim em não saber impor limites. Limites a ele e, principalmente, limites a si mesma. A gente começa a diversão com a idéia de que vai ser só diversão, mas antes mesmo que nos demos conta, já estamos fazendo planos pro fim de semana, querendo passear de mão dada no shopping e organizando jantar com a família, como se a diversão tivesse se transformado num compromisso.
 
Não digo que uma diversão virar compromisso é impossível. Mas é difícil. E se você forçar a barra, os dois vão se sentir insatisfeitos. E o pior é que você vai sair machucada.
 
Terminar uma relação com o cara errado vem sempre acompanhada do medo da solidão, da solteirice. Mas vale pensar: se ele não está disposto a me dar o que eu quero, será que eu deveria estar disposta a aceitar o pouco que ele tem a oferecer? Não é renunciar demais ao que eu sei que mereço, apenas para ter alguém para ir pra cama uma vez por semana?

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Lubrificar a mente


Duas semanas de polêmica em torno de uma frase: “ É possível ter prazer anal”. Qual o impacto dessa notícia no índice Down Jones? Na crise financeira americana? Nos escândalos políticos brasileiros?


 
Pois é, a frase é tão (i)relevante culturalmente falando que eu não entendo como tanta gente comentou, discutiu, colocou no twitter, facebook etc.
 
Sem questionar a jogada de marketing filha-da-puta da revista, que tirou a frase do seu contexto e fomentou a polêmica usando a imagem da cantora “santinha” Sandy, me surpreende que o tema sexo anal ainda gere tantas críticas e expressões de choque nas rodas de conversa.
 
Porque se você não é uma senhora de 78 anos que mora numa cidadezinha do interior com menos de 5 mil habitantes, esse choque não me convence. Desculpe. Mas sou da teoria que entre 4 paredes e 2 pessoas (ou 3, 4, 7, 12...) vale tudo. Com consentimento e sem desrespeito. Se a Sandy já experimentou, se o Junior contou pra ela que é legal e ela decidiu fazer pra ver como é, se ela é consumidora número 1 de KY, o problema é dela. Ninguém tem nada com isso, a menos que as posições sexuais que ela prefere possam resolver magicamente a falta de água no sertão nordestino.
 
Brincadeiras a parte, esse preconceito todo em torno da prática do sexo anal é culpa da indústria pornográfica. Se você nunca viu, por curiosidade, procure na internet alguma cena de filme pornô que tenha sexo anal. Os caras são brutos, toscos, rústicos. Chegam sem o menor cuidado, já vão metendo sem preliminar e tem gente que é ingênua o bastante para achar que aquilo é real e prazeroso.
 
Ok, pode até ser que alguém no universo goste das coisas com todo aquele “ímpeto”, mas a maioria precisa de cuidado, de calma, de preparação, de muita cumplicidade e muita conversa. Sem contar muito lubrificante.

Lubrificante anal e, por que não, lubrificante mental...rs...
 

Música pra refletir...rs...


Não existe fórmula ou receita para nada que não seja química ou culinária, ficadica!

Nem fórmula, nem forma



Esta semana eu tive uma conversa bem divertida com a Drianis, minha sister lá do Paraná e que fazia parte aqui do blog na época das postagens coletivas. O tema do nosso embate filosófico dizia respeito a influencia da forma física no desempenho sexual.

Complicado? Nem tanto! Traduzindo é basicamente a dúvida se é preciso ter corpo de modelo para ser boa de cama.

Não posso afirmar como os homens em geral pensam a respeito disso. Mas entre os meus amigos, o corpo perfeito não é o que carimba o passaporte da moça pro motel. Aliás, pode até carimbar, mas não é o que garante uma segunda viagem.

Acredito que o que realmente conta é se a mulher sabe o que fazer na hora. E não é um “saber fazer” decorado de revistas e do kama sutra, não é aquela super performance de filme pornô. É saber fazer o que lhe dá prazer, saber mostrar o que gosta, o que não gosta, impor seus limites, fazer concessões na hora certa.

E para isso tudo acontecer não precisa de nada além de confiança. Eu admito que ter confiança vestindo manequim 38 é mais fácil que ter confiança vestindo manequim 46. Mas se você der uma chance a si mesma, pode se surpreender com os resultados. Eu mesma me surpreendi com isso: entre os homens que eu conheço, não existe nada mais sedutor que uma mulher que sabe o que quer, quando quer e como quer.