sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Lubrificar a mente


Duas semanas de polêmica em torno de uma frase: “ É possível ter prazer anal”. Qual o impacto dessa notícia no índice Down Jones? Na crise financeira americana? Nos escândalos políticos brasileiros?


 
Pois é, a frase é tão (i)relevante culturalmente falando que eu não entendo como tanta gente comentou, discutiu, colocou no twitter, facebook etc.
 
Sem questionar a jogada de marketing filha-da-puta da revista, que tirou a frase do seu contexto e fomentou a polêmica usando a imagem da cantora “santinha” Sandy, me surpreende que o tema sexo anal ainda gere tantas críticas e expressões de choque nas rodas de conversa.
 
Porque se você não é uma senhora de 78 anos que mora numa cidadezinha do interior com menos de 5 mil habitantes, esse choque não me convence. Desculpe. Mas sou da teoria que entre 4 paredes e 2 pessoas (ou 3, 4, 7, 12...) vale tudo. Com consentimento e sem desrespeito. Se a Sandy já experimentou, se o Junior contou pra ela que é legal e ela decidiu fazer pra ver como é, se ela é consumidora número 1 de KY, o problema é dela. Ninguém tem nada com isso, a menos que as posições sexuais que ela prefere possam resolver magicamente a falta de água no sertão nordestino.
 
Brincadeiras a parte, esse preconceito todo em torno da prática do sexo anal é culpa da indústria pornográfica. Se você nunca viu, por curiosidade, procure na internet alguma cena de filme pornô que tenha sexo anal. Os caras são brutos, toscos, rústicos. Chegam sem o menor cuidado, já vão metendo sem preliminar e tem gente que é ingênua o bastante para achar que aquilo é real e prazeroso.
 
Ok, pode até ser que alguém no universo goste das coisas com todo aquele “ímpeto”, mas a maioria precisa de cuidado, de calma, de preparação, de muita cumplicidade e muita conversa. Sem contar muito lubrificante.

Lubrificante anal e, por que não, lubrificante mental...rs...
 

Um comentário:

  1. As veses uma palavra muda tudo, e logo ela que fez letras, muita ingenuidade mesmo ou pouca malicia e falou o que nao devia.

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